Post by Humberto on Jul 18, 2005 16:23:47 GMT -5
Era uma vez um coelhinho fofinho
Era uma vez um coelhinho muito fofinho. Ele era branquinho e tinha uns olhinhos muito queridinhos. O coelhinho chamava-se Bolinhas e toda a gente gostava do Bolinhas.
Um dia o Bolinhas estava a passear na floresta, e encontra o seu amigo, o sapo Nicolau. O Nicolau é um bocado matreiro, é daquele tipo de sapos que anda de cabedal, tem uma mota potente e bebe água do pântano com 97% de álcool de côco, já estão a ver o tipo.
O Nicolau sempre gostou da Orelhinhas que é a mulher do Bolinhas. A Orelhinhas é uma ursinha muito fofinha e toda a gente gosta da Orelhinhas, mas a Orelhinhas tem um passado que nunca contou a ninguém: ela antes de ir para esta floresta, ela trabalhava na “Toca do Lobo” que é, como estão a imaginar, um antro de depravação que o sapo Nicolau costumava frequentar.
Foi aí que o Nicolau conheceu a Orelhinhas, que nessa altura se chamava Orelhona, e fazia shows de strip com o leopardo e a raposa. O Nicolau apaixonou-se por ela assim que ela apareceu debaixo das luzes do palco, mas ela nunca gostou dele, ela preferia o leopardo, vá-se lá saber porquê. A raposa até lhe dizia: “Ó Orelhona, tu estás a desperdiçar um sapo com uma língua daquelas?” Bem, mas isso é outra história que não é de Natal,… se bem que também entram bolas, bem, entrar, entrar, não entram…. ok, voltando ao Bolinhas e ao Nicolau.
O Nicolau tinha-se casado entretanto com a rouxinol Asinhas. A Asinhas vinha de uma família muito boa, mas o Nicolau não lhe dava o devido valor. Que lhe importava que a Asinhas lhe preparasse as moscas exactamente como ele gosta? Para o Nicolau faltava à Asinhas o que a Orelhinhas tinha: umas orelhas grandes!
Assim que o Nicolau soube que a Orelhinhas tinha ido morar para aquela floresta, preparou logo um plano para conseguir ficar com a Orelhinhas que ia pôr agora em prática. O Nicolau tinha pedido ao seu amigo chimpanzé Ximpas, para o ajudar nesta tarefa. O Ximpas é outro igual ao Nicolau, fuma casca de erva-daninha e bebe licor de banana, por isso alinhou logo até porque gostava da Asinhas e queria ver se ficava com ela se o Nicolau conseguisse a Orelhinhas.
O Nicolau pediu-lhe para ele ir à casa da Orelhinhas, drogá-la com coca (Concentrado Oriundo do Café e Água), e depois despi-la e meter-se na cama com ela até ele preparar o resto da tramoia.
Estavam então o Bolinhas e o Nicolau a falar e nesse mesmo instante o Ximpas já tinha drogado a Orelhinhas e estava a despi-la quando, nesse preciso momento, toca a campaínha, e quem era? A Asinhas que vinha fazer uma visita à sua amiguinha. O Ximpas como gostava da Asinhas, não queria que ela o visse naquela situação e esconde-se no armário do quarto. A Orelhinhas, drogada como estava, vai até à porta e ao ver a sua amiga exclama: “Minha querida amiga, entra para a festa!”. A Asinhas vê que ela não está muito bem e descobre em cima da mesa a coca e percebe tudo.
Na floresta, o Nicolau estava a falar com o Bolinhas e pensava que estava tudo preparado em casa do Bolinhas: “Então Bolinhas, quando é que vamos a tua casa tomar um copo?”, claro que o Bolinhas, bom coração que era, disse logo: “Ó Nicolau, vamos já, a Orelhinhas até deve ter um bolinho de raízes para nós comermos”. E lá foram os dois pela floresta fora a cantar uma canção.
Na casa do Bolinhas estavam, como vocês se lembram, o Ximpas escondido no armário e a Asinhas tinha descoberto que a Orelhinhas estava drogada com coca. A Orelhinhas estava mesmo passada e andava a dançar pela sala, como o Ximpas já a tinha começado a despir, ela estava apenas com uma mini-saia e um top pequenino. A Asinhas tinha frequentado um colégio apenas de rouxinoisinhas e ao ver aquilo, lembrou-se dos tempos de juventude e começou a arrastar a asa para cima da Orelhinhas. A Orelhinhas cocada como estava, pensava que estava a fazer um show e não recusou a ir para o quarto com a Asinhas.
Nesse momento chega o Bolinhas e o Nicolau a casa, entram os dois e o Nicolau vê a coca em cima da mesa, “Porreiro, o Ximpas conseguiu”, pensou o Nicolau. Nesse momento ouvem um tiro no quarto (lembram-se o que estava a acontecer no quarto?), e correm os dois aflitos, abrem a porta e ….. vêem o corpo do Ximpas caído no chão, ele não tinha aguentado ver a Asinhas e a Orelhinhas juntas e suícidou-se.
O Bolinhas e o Nicolau ficaram especados a ver aquela situação: a Asinhas e a Orelhinhas em cima da cama e o Ximpas caído do armário. A Asinhas vê naquela situação a sua oportunidade, pega na arma e dá um tiro ao Nicolau, o sapo, apesar de ser grande, ao levar com o tiro espalha-se todo pela parede, só ficou o casaco de cabedal para nos lembrarmos dele.
O Bolinhas perplexo com a situação luta com a Asinhas, tira-lhe a arma e perdido de raiva dá-lhe um tiro, mas a rouxinol, mais rápida que uma bala, foge e ele acaba por matar a Orelhinhas, o amor da sua vida. Ao ver o que fez, agarra-se às suas orelhas a chorar e põe fim à sua vida com um tiro certeiro. Na cama só se via um tufo branco agora a ficar vermelho, cada vez mais vermelho, e mais vermelho….
Ao ouvirem aquele barulho entram os guardas que eram dois burros, a sério, eram mesmo burros, e ao verem a coca na mesa entram no quarto de arma em punho, vêem tantos mortos que quando a Asinhas lhes aparece a esvoaçar à frente eles disparam as suas metralhadoras sobre ela e ela cai para o chão a voar em círculos, cada vez mais pequenos, mais pequenos, até que fica imóvel sobre o tapete.
E assim se contou a história de um coelhinho branco muito fofinho que toda a gente gostava dele.
Copyright (c) - Humberto Ferreira - humberto_f@hotmail.com
Era uma vez um coelhinho muito fofinho. Ele era branquinho e tinha uns olhinhos muito queridinhos. O coelhinho chamava-se Bolinhas e toda a gente gostava do Bolinhas.
Um dia o Bolinhas estava a passear na floresta, e encontra o seu amigo, o sapo Nicolau. O Nicolau é um bocado matreiro, é daquele tipo de sapos que anda de cabedal, tem uma mota potente e bebe água do pântano com 97% de álcool de côco, já estão a ver o tipo.
O Nicolau sempre gostou da Orelhinhas que é a mulher do Bolinhas. A Orelhinhas é uma ursinha muito fofinha e toda a gente gosta da Orelhinhas, mas a Orelhinhas tem um passado que nunca contou a ninguém: ela antes de ir para esta floresta, ela trabalhava na “Toca do Lobo” que é, como estão a imaginar, um antro de depravação que o sapo Nicolau costumava frequentar.
Foi aí que o Nicolau conheceu a Orelhinhas, que nessa altura se chamava Orelhona, e fazia shows de strip com o leopardo e a raposa. O Nicolau apaixonou-se por ela assim que ela apareceu debaixo das luzes do palco, mas ela nunca gostou dele, ela preferia o leopardo, vá-se lá saber porquê. A raposa até lhe dizia: “Ó Orelhona, tu estás a desperdiçar um sapo com uma língua daquelas?” Bem, mas isso é outra história que não é de Natal,… se bem que também entram bolas, bem, entrar, entrar, não entram…. ok, voltando ao Bolinhas e ao Nicolau.
O Nicolau tinha-se casado entretanto com a rouxinol Asinhas. A Asinhas vinha de uma família muito boa, mas o Nicolau não lhe dava o devido valor. Que lhe importava que a Asinhas lhe preparasse as moscas exactamente como ele gosta? Para o Nicolau faltava à Asinhas o que a Orelhinhas tinha: umas orelhas grandes!
Assim que o Nicolau soube que a Orelhinhas tinha ido morar para aquela floresta, preparou logo um plano para conseguir ficar com a Orelhinhas que ia pôr agora em prática. O Nicolau tinha pedido ao seu amigo chimpanzé Ximpas, para o ajudar nesta tarefa. O Ximpas é outro igual ao Nicolau, fuma casca de erva-daninha e bebe licor de banana, por isso alinhou logo até porque gostava da Asinhas e queria ver se ficava com ela se o Nicolau conseguisse a Orelhinhas.
O Nicolau pediu-lhe para ele ir à casa da Orelhinhas, drogá-la com coca (Concentrado Oriundo do Café e Água), e depois despi-la e meter-se na cama com ela até ele preparar o resto da tramoia.
Estavam então o Bolinhas e o Nicolau a falar e nesse mesmo instante o Ximpas já tinha drogado a Orelhinhas e estava a despi-la quando, nesse preciso momento, toca a campaínha, e quem era? A Asinhas que vinha fazer uma visita à sua amiguinha. O Ximpas como gostava da Asinhas, não queria que ela o visse naquela situação e esconde-se no armário do quarto. A Orelhinhas, drogada como estava, vai até à porta e ao ver a sua amiga exclama: “Minha querida amiga, entra para a festa!”. A Asinhas vê que ela não está muito bem e descobre em cima da mesa a coca e percebe tudo.
Na floresta, o Nicolau estava a falar com o Bolinhas e pensava que estava tudo preparado em casa do Bolinhas: “Então Bolinhas, quando é que vamos a tua casa tomar um copo?”, claro que o Bolinhas, bom coração que era, disse logo: “Ó Nicolau, vamos já, a Orelhinhas até deve ter um bolinho de raízes para nós comermos”. E lá foram os dois pela floresta fora a cantar uma canção.
Na casa do Bolinhas estavam, como vocês se lembram, o Ximpas escondido no armário e a Asinhas tinha descoberto que a Orelhinhas estava drogada com coca. A Orelhinhas estava mesmo passada e andava a dançar pela sala, como o Ximpas já a tinha começado a despir, ela estava apenas com uma mini-saia e um top pequenino. A Asinhas tinha frequentado um colégio apenas de rouxinoisinhas e ao ver aquilo, lembrou-se dos tempos de juventude e começou a arrastar a asa para cima da Orelhinhas. A Orelhinhas cocada como estava, pensava que estava a fazer um show e não recusou a ir para o quarto com a Asinhas.
Nesse momento chega o Bolinhas e o Nicolau a casa, entram os dois e o Nicolau vê a coca em cima da mesa, “Porreiro, o Ximpas conseguiu”, pensou o Nicolau. Nesse momento ouvem um tiro no quarto (lembram-se o que estava a acontecer no quarto?), e correm os dois aflitos, abrem a porta e ….. vêem o corpo do Ximpas caído no chão, ele não tinha aguentado ver a Asinhas e a Orelhinhas juntas e suícidou-se.
O Bolinhas e o Nicolau ficaram especados a ver aquela situação: a Asinhas e a Orelhinhas em cima da cama e o Ximpas caído do armário. A Asinhas vê naquela situação a sua oportunidade, pega na arma e dá um tiro ao Nicolau, o sapo, apesar de ser grande, ao levar com o tiro espalha-se todo pela parede, só ficou o casaco de cabedal para nos lembrarmos dele.
O Bolinhas perplexo com a situação luta com a Asinhas, tira-lhe a arma e perdido de raiva dá-lhe um tiro, mas a rouxinol, mais rápida que uma bala, foge e ele acaba por matar a Orelhinhas, o amor da sua vida. Ao ver o que fez, agarra-se às suas orelhas a chorar e põe fim à sua vida com um tiro certeiro. Na cama só se via um tufo branco agora a ficar vermelho, cada vez mais vermelho, e mais vermelho….
Ao ouvirem aquele barulho entram os guardas que eram dois burros, a sério, eram mesmo burros, e ao verem a coca na mesa entram no quarto de arma em punho, vêem tantos mortos que quando a Asinhas lhes aparece a esvoaçar à frente eles disparam as suas metralhadoras sobre ela e ela cai para o chão a voar em círculos, cada vez mais pequenos, mais pequenos, até que fica imóvel sobre o tapete.
E assim se contou a história de um coelhinho branco muito fofinho que toda a gente gostava dele.
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